O Tribunal do Júri de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, condenou a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão uma mulher denunciada pelo Ministério Público do Paraná por homicídio qualificado, por ter sido mandante da morte do ex-marido, ocorrida em 2019. Ele foi morto no dia 15 de dezembro daquele ano, após ir a casa da ex para visitar o filho.
Conforme a denúncia, fundamentada em investigações da Polícia Civil, a vítima foi agredida por outros dois homens, pagos pela autora para executar o crime. Depois, foi colocada no porta-malas de um carro e levada para local distante da cidade, onde foi morta e pendurada por uma corda, dentro de um poço – o corpo foi encontrado uma semana depois.
Após o homicídio, os dois homens ainda teriam furtado cartões bancários da vítima e realizado compras em um shopping popular da cidade, além de também terem sacado valores em espécie. Os dois foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná e já condenados, em junho de 2022, a penas de 32 e 23 anos de prisão.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Na sessão de julgamento, ocorrida nesta quinta-feira, 15 de junho, o Conselho de Sentença acolheu as teses sustentadas pela Promotoria de Justiça, que apontou a ocorrência do crime de homicídio com as qualificadoras do uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante paga ou promessa de recompensa. Foi concedido à ré o direito de recorrer em liberdade, uma vez que ela respondeu à ação penal nessa condição. Foram aplicadas medidas cautelares diversas da prisão: ela está proibida de se ausentar da comarca sem autorização judicial e também deve comparecer em Juízo a cada dois meses.
Tribunal de Júri de Ponta Grossa condena a 21 anos e 10 meses de prisão mulher denunciada pelo MPPR como mandante do homicídio do ex-marido.
MPPR