O Paraná registrou uma morte causada pelo vírus Influenza A (H1N1), que causa a gripe suína. O diagnóstico foi confirmado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
A OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), órgão de fiscalização do governo dos EUA, investigará amostras.
A mulher de 42 anos foi hospitalizada no dia 03 de maio em Toledo devido à infecção respiratória aguda grave. No dia 4, a paciente transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e morreu no dia seguinte.
Conforme as investigações epidemiológicas, a paciente não teve contato direto com porcos, no entanto, dois de seus contatos próximos trabalhavam na fazenda de suínos. Os dois contatos não desenvolveram doença respiratória e testaram negativo para influenza.
A Fiocruz informou que a paciente possuía diagnóstico prévio de câncer e vivia próximo a uma fazenda de suínos. Os sintomas – febre, dor de cabeça, dor de garganta e dor abdominal – que tiveram início em 1º de maio.
O caso foi notificado ao Ministério da Saúde (MS) e à Organização Mundial da Saúde (OMS). A amostra será enviada ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) para posterior caracterização.
De acordo com as investigações epidemiológicas, a paciente não teve contato direto com porcos, no entanto, dois de seus contatos próximos trabalhavam na fazenda de suínos. Os dois contatos não desenvolveram doença respiratória e testaram negativo para influenza. Até o momento, nenhuma transmissão de humano para humano associada a este caso foi identificada. Em seu relatório, a OMS avalia como baixo o risco de transmissão comunitária.
Sobre as variantes do vírus
Quando seres humanos estão infectados com vírus influenza que normalmente circula entre porcos, esse vírus é chamado de “vírus variante” e é designado pela letra “v”. No caso em questão, influenza A(H1N1)v.
Os vírus H1N1, H1N2 e H3N2 de origem suína ocasionalmente infectam humanos, geralmente após exposição direta ou indireta a suínos ou ambientes contaminados.
Infecções humanas com vírus variantes tendem a resultar em doença clínica leve.
Até o momento, infecções humanas esporádicas causadas pelos vírus influenza A(H1N1)v e A(H1N2)v foram relatadas no Brasil e não há evidências de transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Esta é a primeira infecção humana causada pelo vírus influenza A(H1N1)v relatada em 2023 no Brasil, e a terceira infecção humana relatada no estado do Paraná (a primeira foi em 2021 e a segunda, em 2022). Ambas as identificações foram realizadas pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC.
Não há vacina para infecção por Influenza A(H1N1)v. De acordo com a OMS, a vacina contra a gripe sazonal, administrada anualmente, é capaz de reduzir o adoecimento a partir de infecções pelos vírus da gripe humana e variantes.