Uma policial feminina denunciou que foi torturada com uma ripa de madeira durante um curso tático da Polícia Militar do Ceará. O autor das agressões seria o instrutor que é cabo da Polícia Militar. A agressão aconteceu em maio, mas só veio a público agora. A policial fazia um curso promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará para treinamento de mulheres militares de Pernambuco, Maranhão, Paraná, Rio Grande do Norte e Piauí. Até a publicação desta reportagem, o policial apontado como autor da tortura não havia sido afastado do cargo.
Foto: REPRODUÇÃO/REDES SOCIAIS |
Em relato nas redes sociais, a vítima ainda afirma que outras 21 mulheres teriam sido agredidas, todas alunas do curso. A razão para a violência teria sido o sumiço de uma fatia de pizza. Em foto, ela mostra as marcas deixadas pela violência das agressões, com uma série de hematomas pelo corpo.
“Essa agora sou eu, vítima de um macho escroto que se diz instrutor de curso. Um cabo da Polícia Militar do Tocantins, que mesmo depois do ocorrido está sendo ovacionado pala instituição e por todos que participaram do curso. Curso tático policial feminino. Sim, é um curso direcionado apenas para as mulheres”, desabafou a vítima.
O policial Rafael Ferreira Martins é apontado como o autor. Ele faz parte do Batalhão Rodoviário e Divisas (BPMRED) e tinha sido enviado, junto com outros instrutores, para ministrar o curso tático para policiais femininas, promovido pela Secretaria de Segurança do Ceará. No Portal da Transparência, consta que Rafael é cabo e recebe R$ 7.852,75.
Segundo a vítima, no oitavo dia de treinamento, o instrutor reclamou o sumiço de um pedaço de pizza e, em retaliação, agrediu as policiais alunas. A vítima conta que elas foram colocadas em posição de flexão e agredidas com uma ripa de madeira.
Após a agressão, no dia 8 de junho, o policial foi suspenso do curso e o caso denunciado à PM, à Secretaria de Segurança e à Polícia Civil, na Delegacia da Mulher.
Informações G1/A Tarde